domingo, 25 de julho de 2010

"Cala boca Sylvester Stallone"


"Cala boca Sylvester Stallone"

Após dar a declaração, o astro decadente se transformou no assunto mais comentado do Twitter. A frase "Cala boca Sylvester Stallone" é o tema de maior audiência no mundo da cultura inútil. Muitos Twitteiros fizeram nesta sexta-feira (23) uma adaptação do movimento “cala boca Galvao” para criticar o ator americano.

No velho estilo “bobão de ser”, Sylvester Stallone faz piadas de mau gosto sobre o Brasil.

"Gravar no Brasil foi bom, pois pudemos matar pessoas, explodir tudo e eles (os brasileiros) dizem obrigado. Obrigado, Obrigado e leve um macaco!", disse, imitando a voz de uma pessoa simplória.

Não quero comentar sobre a ingratidão das celebridades internacionais que visitam esta terra de “tupiniquins”, haja vista que Stallone está em decadência e sempre apresentou um grau de “idiotia”.

Quero salientar que o “velho decadente” desta vez tem razão. Nós, brasileiros somos sim um povo medíocre. Somos um povo alienado, temos baixíssimo nível cultural, somos baba-ovo de “celebridades gringas”. Não somos politizados, lemos pouco e lemos mal.

Apreciamos o culto desenfreado à futilidade. Apreciamos canais de televisão, emissoras de rádio, revistas, sites e blogs nos bombardeiam com futilidades. Como os veículos de comunicação dependem de dinheiro para sobreviver e como dinheiro provém de veiculações de publicidade que depende de audiência, então dá-lhe futilidades. Com tanta futilidade disponível, não nos resta tempo e atratividade para ler um bom livro. Sem ler um bom livro não conseguimos desenvolver nosso intelecto, e assim vai se formando um ciclo vicioso. Enquanto isso a vida vai passando, os problemas sociais, ambientais e políticos se agravando e nossa capacidade de melhorar o mundo, diminuindo.

Historicamente a hospitalidade brasileira tem causado muito desconforto. Há 500 anos foram os índios com os portugueses. Estes nos deram espelhos em troca de ouro, especiarias e trabalho árduo.

Stallone, o velho decadente, nos fez lembrar a herança maldita: Somos um povo doente e passivo. E como já dizia o cantor Renato Russo "Nos deram espelhos e vimos um povo doente. Tentei chorar e não consegui”


sexta-feira, 23 de julho de 2010

Lúcifer e Satanás, Personagens Distintos e Mal Interpretados

Nitidamente percebe-se que o “senso comum”, isto é, o conjunto de crenças e preposições fundamentadas sem investigação detalhada, impera quando se trata de assuntos ligados a religiosidade. Em outras palavras “o religioso geralmente não sabe o que fala”.

Apesar de popularmente Lúcifer e Satã serem quase sinônimos, há diferenças primordiais entre eles e, por conseqüência, aos sistemas religiosos que os cercam. Lúcifer, por ser um anjo, é comumente retratado como um homem com asas e, por vezes, empunhando um cajado. O termo Lúcifer origina-se no latim “Lux” e significa "O portador da Luz".

A imagem de Lúcifer associada ao "demônio cristão" foi ocasionada por uma interpretação equivocada do livro de Isaías:

"Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E, contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo" (Isaías 14; 12).

Este trecho narra as intenções do rei da Babilônia que almejava tornar-se maior que Deus, mas São Jerônimo, que ao traduzir a Bíblia do grego para o latim no século IV, associou esta passagem com Lúcifer e à serpente tentadora, ou seja, a simbologia do diabo cristão.

A palavra Satanás origina-se no hebraico “Shai'tan” e significa "Adversário" podendo ser também uma variação do nome da divindade egípcia Set-hen. Satanás tem sua imagem associada ao homem com chifres e patas de cabra, muito semelhante ao deus Cornífero (Pã), divindade masculina e símbolo de fertilidade cultuada entre os pagãos. Cornífero tinha cifres em sua forma humanóide, e podia ter também a forma de um touro (ou algum animal forte e portador de chifres). Ele era um deus do panteão celta, considerado como protetor e senhor das florestas. Com o crescimento do cristianismo, os cristãos, outrora perseguidos, passaram a ser os perseguidores.

Para justificarem os seus preconceitos, começam a demonizar os deuses das antigas religiões pagãs. Pouco a pouco, o diabo passou a ser vinculado aos antigos deuses. O diabo, antes um ser sem forma definida, passa a ter uma forma física, a saber: pés de animal, asas de morcego, rabo de boi, garras afiadas, enormes dentes, olhos grandes e ameaçadores, chifres, e uma cor quase sempre avermelhada, amarronzada, ou enegrecida.

Portanto, a imagem do diabo foi elaborada a partir dos elementos representativos de vários deuses ditos pagãos, ou seja, o diabo enquanto ser mitológico cristão é um plagio de uma coleção de mitos, símbolos, e superstições dos povos da Antiguidade.

A Igreja Católica por acreditar ser a única de Cristo e para manter o controle econômico, poder e influência política queria que todos fizessem parte dela e decidiram fazer uma “mistura” dos deuses pagãos e de outras crenças (contrárias ao catolicismo) para criar um ser horrendo que as pessoas tivessem medo, isso por volta do século III. Daí criou-se a encarnação de Satanás e o inferno de fogo ardente. A igreja pregava que todos os que professavam uma fé diferente daquela habitaria no inferno para sempre sendo tentado por Satanás no inferno. Além de fiéis, ganhou muito, mas muito dinheiro sustentando essa mentira no decorrer dos séculos.

O Interessante é que o “Diabo” ainda é a ferramenta principal utilizado pelas igrejas evangélicas para arrecadar “dinheiro” na atualidade. Como surgiu a dualidade “Bem versus Mal”, deturpados pelas religiões e caça-níqueis, para providenciar um campo fértil de “nós versus eles” e permitir que agregassem melhor as ovelhas contribuintes. Se existe um deus “do bem”, se faz necessário inventar deuses “do mal” para servirem como opositores.

Particularmente entendo que ao longo da História, promoveu-se a falsa existência e de algo que nunca existiu chamado por vários nomes: LÚCIFER, SATANÁS, DIABO, BELZEBU, TINHOSO, CAPETA etc. Na verdade esta promoção já enriqueceu uma elite interesseira e esperta que sempre se aproveitou da “fé popular” sempre ignorante, mística e sedenta do saber sem estudos que lotam Igrejas Evangélicas para ver o show da fé, espetáculo do Diabo debaixo de câmeras e em rede Televisiva para encher o “bolso” dos pastores.

Satanás e as Religiões

A existência pessoal de Satanás nas religiões.

CATOLICISMO: No Concílio Vaticano II, há quatro décadas, o Diabo perdeu as feições físicas monstruosas que apavoravam os fiéis e passou a ser encarado como “a causa do mal”, cuja ação entre os homens é de natureza essencialmente moral.

EVANGELISMO: Para a maioria das denominações evangélicas, Satanás tem individualidade e atua como o grande inimigo do Evangelho de Jesus e seus seguidores. Os neopentecostais, que surgiram a partir da década de 70, superestimam os seus poderes e fazem do combate ao Demônio o foco de suas atividades. Segmentos modernizantes, como algumas igrejas batistas nos Estados Unidos e no Brasil, já admitem que o mal resida nas entranhas do homem e contestam a existência do Maligno.

JUDAÍSMO:
Não aceita a corporificação ao Diabo. O bem e o mal procederam ambos de impulsos humanos.

ISLAMISMO:
O Diabo na fé islâmica é individual e corporificado. O Demo tem praticamente as mesmas atribuições do seu sinistro similar na fé católica.

ESPIRITISMO:
A doutrina de Allan Kardec, popularizada no Brasil, não admite a existência do mal absoluto nem a sua individualização em Satanás. O mal, visto como uma contingência da experiência evolutiva e das vivências terrenas de cada indivíduo cede ao bem à medida que os espíritos se depuram através de sucessivas reencarnações.

BUDISMO:
Os budistas não personificam Deus e muito menos o Diabo, um conceito inexistente na doutrina religiosa do Budismo. O mal é resultado da mente inquieta ante a ilusão de eu e das formas do mundo material.

WICCA: Não acreditam nem adoram o que a igreja Cristã conhece como Diabo, Satã ou Demônio.

CANDOMBLÉ: Nas religiões de Matriz Africana os praticantes não acreditam no diabo, pois não há nessa cultura nenhuma divindade com o mesmo tipo de personalidade do diabo.

RELIGIÕES ORIENTAIS: O mundo é um campo de batalha entre as forças do bem e do mal. Não aceita a corporificação ao Diabo.

Por Jeferson Albrecht .'.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.