quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Pseudociência


Pseudociência

O conhecimento não científico é considerado, em geral, como conhecimento pseudocientífico. Apesar disso, não é clara a distinção entre ciência e pseudociência, pois vários poderiam ser os critérios de cientificidade a serem adotados entre as diversas áreas de conhecimento. No entanto, aqui a questão problemática deste texto não é estabelecer os critérios únicos, definitivos e abrangentes que permitiriam a demarcação entre o que é ciência e “não ciência”, e sim, salientar a importância da compreensão da atitude crítica das ciências, reforçadas pelo método científico, em  especial das ciências naturais, em confronto com as pseudociências.
Desta forma, a concepção aqui utilizada de pseudociência é aquela que mais se aproxima da de Bunge (1989, p.68) “uma pseudociência (ou pseudotecnologia) é uma disciplina que se faz passar por ciência (ou por tecnologia) sem sê-lo”. Ou seja, as pseudociências, seriam os conhecimentos que não admitem as críticas da ciência, ou que não reconhecem a ciência e seu método como a única forma de se obter conhecimento seguro e confiável, mas que no entanto, utilizam-se de teorias e/ou de técnicas científicas, ou supostamente científicas, para tentar validar suas conclusões ou promover uma falsa sensação de rigor científico. Entre outras disciplinas e práticas pseudocientíficas é possível citar: a astrologia, a quiromancia, o tarot, a numerologia, as medicinas alternativas (homeopatia, acupuntura, terapia do toque, cromoterapia, aromaterapia, etc.), a parapsicologia, a ufologia, a grafologia, Feng Shui, cristais, fotografia Kirlian, etc.






Segundo Armentia (2002, p.1):
... nós cidadãos chegamos, em geral, a desfrutar dos dons da ciência mas
sem chegar a compreendê-los nem a analisá-los. [...] Quando por uma razão
ou outra se furta ou evita o debate, a livre crítica que está no fundo do
método científico, fica a liturgia. E as pseudociências aproveitam este abismo
entre a ciência e a sociedade para aparecer como ciências quando realmente
não o são.


Segundo Paulo Kurtz (apud ARMENTIA, 2002, p.2) as pseudociências são
matérias que:
a) não utilizam métodos experimentais rigorosos em suas investigações;
b) carecem de uma armação conceitual contrastável;
c) Afirmam ter alcançado resultados positivos, embora suas provas sejam
altamente questionáveis, e suas generalizações não tenham sido
corroboradas por investigadores imparciais

Outras características podem ser associadas a algumas pseudociências e a quem as pratica, como por exemplo: a recusa de abandonar a teoria face a evidências claras que a refutem; o uso de hipóteses ad hoc para tentar eliminar evidências contrárias; o uso seletivo de dados, utilizando os favoráveis e desconsiderando os desfavoráveis; a despreocupação com a ausência de provas; o uso de mito ou apoio na crença na verdade pela antiguidade, ou seja, de que são teorias verdadeiras por serem teorias antigas, ou milenares.


Segundo Sagan (1996, p.36):
A ciência prospera com seus erros, eliminando-os um a um. [...] As hipóteses
são formuladas de modo a poderem ser refutadas. [...] A pseudociência é
exatamente o oposto. As hipóteses são formuladas de modo a ser tornar
invulneráveis a qualquer experimento que ofereça uma perspectiva de
refutação, para que em princípio não possam ser invalidadas. Os
profissionais são defensivos e cautelosos. Faz-se oposição ao escrutínio
cético. Quando a hipótese não consegue entusiasmar os cientistas, deduz-se
que há conspiração para eliminá-la

Uma das formas de tornar uma hipótese irrefutável é formulá-la de forma que a partir dela somente seja possível chegar a previsões vagas. As previsões de videntes e profecias constituem exemplos desta prática.
É possível constatar que muitas práticas pseudocientíficas sejam razoavelmente inofensivas às pessoas. Por exemplo, um vidente prevê que uma
pessoa irá encontrar sua “alma gêmea” (parceiro ou parceira ideal) num determinado mês, o que pode ser inofensivo à pessoa que acreditou nesta previsão. Se ela não encontrar nenhum parceiro ideal naquele mês, o vidente poderá afirmar que, na verdade, ela o encontrou em algum lugar, mas não percebeu, ou não teve a iniciativa de conversar, ou algum “motivo” muito especial pode ter causado o desencontro. Se ela encontrou alguém e aconteceu de iniciarem um relacionamento, ainda o resultado pode ser provisoriamente considerado inofensivo, o problema para
esta pessoa somente estaria no fato de que ela passaria a acreditar mais em previsões, especialmente daquele vidente. Esta pessoa, no entanto, pode sofrer consequências indesejáveis devido a sua credulidade, se por exemplo, ela realmente acreditar que encontrou sua “alma gêmea”, e a partir daí forçar um relacionamento, abandonar projetos pessoais, ou levar uma vida de frustração junto a alguém que ela acreditou ser a pessoa certa, estimulada talvez possivelmente por um charlatão.
Ter um pouco de senso crítico, investir um mínimo em ceticismo, é uma atitude racional, que não significa necessariamente abandonar todas as crenças pessoais, mas trata-se de um pequeno investimento pessoal contra o irracional, contra aquelas alegações pseudocientíficas que podem ser algumas vezes inócuas, mas outras vezes realmente prejudiciais não somente à pessoa lesada, mas à comunidade como um todo. Trata-se, portanto, antes de tudo, de armar-se contra truques, fraudes e charlatanismos.
Mitos Pseudocientíficos

Estes temas abaixo não tem Respaldo Científico. Foram testados e reprovados pelo método científico.



Exemplos de mitos das pseudociências:
Sequestros por alienígenas,
Aromaterapia,
Astrologia,
Auras,
Florais de Bach,
Triangulo das Bermudas,
Pé grande,
Bioritmo,
Comunicação com espíritos,
Quiropratica,
Clarividência,
Fusão a frio,
Criacionismo,
Círculos agrícolas,
Poderes dos cristais,
Radiestesia,
Ectoplasma,
Sessões Espíritas,

Teoria dos miasmas
Horóscopos,
Iridologia,
Levitação,Monstro do lago Ness,
Aparelhos de cura por magnetismo,
Nova Era,
Nostradamus,
Numerologia,
Quiromancia,
Terapia de vidas passadas,
Poderes dos pêndulos,
Máquinas de movimento-perpétuo,
Frenologia,
Poltergeist,
Profecias,
Poderes psíquicos,
Cirurgias espirituais,Poderes das Pirâmides,
Racismo e teorias raciais,
Previsões de fim do mundo,
Percepção Extra-Sensorial,
Extraterrestres,
Fadas,
Discos voadores,
Previsão do futuro,
Fantasmas,
Espiritualismo,
Combustão humana espontânea,
Dobramento de colheres,
Cartas de Tarô,
Telecinese,
Telepatia,
Meditação Transcendental,
Allan Kardec,
Uri Geller,
Óvnis,
etc.

Por:  Carl Sagan




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